15 de janeiro de 2019

de olhos abertos durante a siesta

todos os olhos
eu somo perspectivas
e as esqueço rapidamente
e espero alguma palavra fazer efeito
nada do que digo sustenta
tenho medo de morrer assassinada durante a sesta
uma semana sem poder fugir eu espero planejando
durante a sesta que não durmo e só espero à porta
enquanto dormem por dentro de espaços que não conheço
eu ando só e com frio esperando acordar esperando não
precisar voltar e meus planos estão cada vez mais aqui
e eu cada vez mais distante sempre nos cômodos ao lado
adjacentes eu espero com a porta encostada e nada me
instiga a
enquanto sempre a mesma técnica
eu vou ficando só aos poucos
esperando só aos poucos
esqueço de digitar
está quase no fim, o filme, eu acho
parece estar no fim, mas como se alonga o tempo e a espera
de um próximo diálogo