10 de julho de 2016

no plastic toy

o silêncio de um corpo que anda só
e não tocado, não à mão que puxa o braço
esse silêncio
EU volto a ele e é a coisa mais difícil sim, é
e EU faço isso toda vez, e não tem mais ninguém
outro dado, ou outra vez, a não ser toda vez que EU ando
EU olho o silêncio do que admite o fim da luz
EU ouço o que não diz a letra e ouço as outras vezes e todas
as músicas que escutamos vão arrancando
a racionalidade de qualquer movimento que tento
EU sei o vazio de um corpo que tenta ser só
EU sei o vazio de um corpo que nega EU
      sei o vazio de estar na presença de dEUs
EU sei o vazio de um corpo que sempre sempre
sempre sempre nunca
que nunca experienciou senão a dor de um passado
que se mistura entre notas e rastros
cinzas, odores,
e nunca sentiu o toque senão o embriagado
e ainda assim ME expulsa, num impulso de evitar
na rotina de evitar, no silêncio de evitar
EU espero todo dia a quebra, EU quebrada no meio
duas partes, uma em cada quarto,
iminarut
só tente, EU tento todo dia,
é a coisa mais difícil de fazer
WOULD HE LIKE IT IF I TOLD HIM
EU também evito