15 de junho de 2016

Sem título 16#

Meu nome, o vazio entre uma nota e outra
Permaneço suspensa quando deveria já estar fora
E sinto o cheiro que não mais meu, mas externo a mim
E vejo
Sou um rosto do espelho
Seu rosto no espelho
E falo a mim com a voz do outro e não digo nada
Mas seria bom se meus dedos
Na verdade outros, passassem pelo meu pescoço
E sou só, por trás de uma névoa familiar
Eu sou o gato que me olha incrédulo
Procuro apenas pela imediata dor do retorno
Ainda tenho coisas que não conheço
Sou o eco do riso que me causa nojo
E ando em busca da náusea