7 de abril de 2016

STRING

Sua sorte habita o espaço entre meus dedos
e é de longe o contato, não deveria doer tanto
há, no acesso, algo de errado e não sei
reagir ao não-confronto diário em resposta ao
ato íntimo intimidador intimo
por perto está a dor e fecho os dedos em punho
eu não sei onde estou e se isso me é a beira
me encontro na borda da sacada e sinto-me só
me volta o vazio da forma, delineada, por traz das luzes
o perímetro que não sei calcular, não sei calcular, não venha
com dúvidas, certo?
dói ouvir a narrativa do desespero
me sou para ser só não depois de parar
paro pouco para pensar
vamos à orla e lá preencheremos o não-interno em que pisamos
in in in in in
não sou eu que se joga, não sou eu à beira

beira da morte
beira beira
edge
edges
not even vertices anymore

sou para ser só